quinta-feira, 16 de julho de 2009

Jeep e Natureza um estilo de Vida - Parte I

Pedi ao meu pai que me mostrasse um caminho...ele me deu um jipe e disse: “filho, faça o seu caminho"...

Essa é a primeira postagem de uma série (Jeep e Natureza Um Estilo de Vida) que farei sobre minhas experiências, trilhas, viagens e expedições a bordo de um 4x4.

Essa paixão começou há 5 anos atrás quando visitei pela primeira vez o Jeep Clube da minha cidade (Guarulhos) com meu pai. Em um terreno no centro da cidade, os organizadores criaram uma pista com rampas, atoleiros, piscinas e barro, muito barro... fiquei ali sentado, observando toda aquela barulhenta movimentação, enquanto meu pai tomava sua cervejinha. Já era! Era o isso que estava faltando para juntar com esse meu espírito aventureiro e desde então comecei a "cobiçar" um jeep passando a ser um freqüentador daquele encontro de jeeps.

Qualquer semelhança minha com ele não é um mera coincidência..rs meu pai tinha comprado uma Toyota Hilux (primeiro modelo).. nossa!!! Não tinha carro melhor para ele ter comprado.. pois eu já pensava em fazer trilhas e viagens junto com ele e as coisas estavam acontecendo tudo como sonhado. Aquele mesmo Jeep Clube, organizou um passeio e vi a primeira possibilidade de colocar aquele belezinha na terra, pois ele era bem cuidadoso e tinha um certo receio.

Iniciamos a o passeio...(eu, ele e minha mãe) eram mais de 60 carros divididos em 3 grupos, ficamos no ultimo grupo junto com o pessoal da organização e os amigos. Esse passeio estava programado para ser de dificuldade leve e acabar em um restaurante na represa 3 ou quatro horas após seu inicio, mas ninguém imaginou que choveria tanto daquele jeito. As gaiolas 4x2 começaram a dar trabalho e como éramos os últimos, a estrada já estava horrível após passar mais de 50 carros. (Ai que começava minha diversão e a preocupação do meu pai.)rs.

Oito horas após o inicio do passeio ainda estamos lá, com fome, sede, frio e muito caminho ruim para percorrer, em uma das subidas mais difíceis nosso amigo Alemão acelerou sua L200 que acabou caindo num buraco e sua esposa acabou se machucando e abortou dali mesmo. Fomos nos distanciando dos demais carros e montando um grupo de apenas 4 carros que se ajudavam para enfrentar as dificuldades.
Eu não estava acreditando que a caminhonete não estava passando, ela patinava e voltava metro a metro que tinha subido com a ajuda do pessoal(foto). Para a gente, tudo aquilo era novo, voltávamos, pegávamos um embalo e acelerava, mas ela parava no mesmo lugar e quando ouvi um cara gritando.. “ela não esta tracionada, joga 4x4 e reduz!!” aquilo pra mim foi a luz no fim do túnel, pois percebemos que o console de madeira que meu pai tinha mandado fazer entre as alavancas do cambio não estava deixando engatarmos a 4x4 + reduzida.rs, quando ele já nervoso, conseguiu tracionar com muita força, arrancando o console do lugar.. e eu me rachei e nós gritamos muito comemorando!

Agora sim!! Foi ai que percebi a força de um 4x4, subimos aquele morro em 3º marcha sem força e sem dificuldade, ouvindo todos gritarem, mas eu só ouvia as risadas do meu velho, curtindo e descobrindo o que ele tinha em mãos. (Isso me marcou muito). Já era noite, nos perdemos de todos os outros carros e só encontramos um barzinho onde paramos para comer um sanduíche de mortadela com tubaina.

Estávamos todos cansados, acabados e o carro então.... era puro barro, dentro e fora..no outro dia nem queria deixar lavar.. (só vai entender quando tiver um 4x4).
Como ele dizia.. "não existe dinheiro que pague" e esse foi o inicio de tudo...um momento único que tenho prazer em relembrar e contar para vocês
Renato Nunes (Renatinho)

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