Domingo, 06 de fevereiro - tinha tudo para ser um domingo tranqüilo, dia de domingão do Faustão, jogos na TV e para acabar..a porcaria do Fantástico, mas não foi! rs No dia anterior recebemos um pedido de ajuda de um colega que por sua vez recebeu um pedido de ajuda de uma pessoa que mora no litoral sul em uma vila simples e afastada da cidade.
Uma pessoa de um coração enorme e que abraçou a causa dos índios MBYÀ Guarani que se instalaram na mata no litoral sul de SP e estavam passando muitas dificuldades, principalmente fome. Imediatamente nos sensibilizamos com a causa e combinamos a saída às 6 horas da manha do domingo após carregarmos os carros.
Com mais de 70 cestas básicas, Leite e alguns materiais, saímos em comboio pela Rod. Anchieta com destino a uma cidade do litoral Sul, a fila chamava a atenção de todos que passavam por nós na rodovia. Já na vila, fomos recebido com um café da manha simples e saboroso.
Seguimos em direção a aldeia, claro que com o nosso guia e “líder” dessa ação, que possui contato direto com o cacique da tribo. Uma estrada ruim, com dificuldades, água e mata adentro. Fomos recebidos pelo cacique, um indo jovem e bem diferente do que eu imaginava...as crianças correram em nossa direção nos abraçando com aquele sorriso.
Começamos a descarregar os carros, pois eles não chegavam dentro da aldeia... então tínhamos que caminhar por uma trilha com as todas as caixas. Os mais fortes as mais pensadas a crianças abriam as caixas e levavam separadamente o que agüentavam. O sol estava castigando as dez da manha e mesmo assim parecíamos formiguinhas levando os alimentos pela trilha.
Depois de descarregar todos os carros, paramos para tomar uma água, descansar e atendemos ao pedido do Cacique para fazermos uma oração para duas crianças enfermas. As mulheres da tribo cobriam suas cabeças com um véu branco e ficavam todas do lado direito, já os homens do lado esquerdo formando um circulo em volta das crianças. Todos se ajoelharam e oraram pela recuperação das crianças, não vou colocar nenhuma foto nem vídeo e espero, rezo muito pela recuperação daquelas crianças.
Paramos para um almoço e já estava na hora de voltar para casa e enfrentar um transito monstruoso na Rod. Imigrantes, mas com aquele sentimento de dever cumprido!
Renatinho